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RELEASE
o velho manco é uma banda de indie/noise rock brasileiro. Escutá-los é transitar entre Sonic Youth, Radiohead e MPB em espiral, sem perceber, voltar a assimilar mais um tanto de referências que se dissipam e se concentram em cada faixa. Nirvana, Chico Buarque, Queens Of the Stone Age, Pink Floyd, está tudo ali. Apenas, no entanto, como alicerce para uma música que a gente nunca ouviu por aí.
Suas apresentações ao vivo aliam voracidade à rara excelência técnica na execução das músicas.
Formada em 2014 por Mancin (Vocais, Guitarra e Violão), Dan (Guitarra e Violão) e Eddie (Baixo), o velho manco lançou seu primeiro trabalho, o álbum A Mosca, em dezembro de 2018 apresentando uma maneira única de misturar o que há de mais interessante no indie rock global com uma marca incrivelmente brasileira.
Em 2019 lançam o single melancólico “Presente”, que com uma harmonia e ritmo contagiantes friamente recita como um mantra a sequência de medicamentos a que uma pessoa em depressão é submetida.
2020 é o ano da pandemia e a banda lança o single “Ad Nauseam”, sobre a crescente alienação da sociedade moderna pós internet. A faixa através da melodia da letra e loops harmônicos sugerem um círculo, uma bolha, a estética do isolamento individual.
Em 2023 lançam o EP “Egorama” composto de 3 faixas: “Prato para Eva”, a faixa-titulo “Egorama” e “Eclosão”. O EP segue o arco temático sobre o acúmulo de emoções e pensamentos intrusivos e o perigo que isso pode representar, tornando o indivíduo uma bomba-relógio com um resultado devastador, porém imprevisível.
E finalmente, em 2025 mais um EP é lançado, intitulado “Perversum Relegere”, um questionamento sobre as religiões: necessárias e benéficas à sociedade ou resultado de uma imaturidade ou negação dos fatos científicos, e quais as implicações que se traz da manutenção dessas culturas milenares? São três os estágios da discussão, as faixas “Pan”, “Cinemática” e “Epidermia”.
A segunda metade de 2025 promete o lançamento do 2º LP da banda, ainda com título a definir, mas com tema e composições muito bem definidos.
E assim a banda define suas composições: “trazem letras pesadas, soturnas e desesperançosas, contrastando com melodias vibrantes e, por vezes, dançantes. Afinal, a verdadeira psiquê humana é mesmo formada por antagonismos, emulações e volubilidade”.
Nas composições, o vocalista usa de uma melancolia ácida, impulsionada pela crítica a um modelo de vida no qual é comum abrir mão dos verdadeiros instintos e sentimentos para abraçar uma rotina enfadonha.
Evolução discográfica (e artística)
Em 2023, o velho manco lançou seu mais recente EP “Egorama”, esbanjando maturidade qualidade técnica, tanto nas composições quanto em sua execução. Em uma viagem pelo tema título, a banda disseca o Ego, suas nuances e agruras.
Os bugs da mente humana e o cinema seguem sendo a matéria-prima para a criação artística do grupo.
“Ad Nauseam”, lançado em abril de 2020, o velho manco viaja através de uma representação literal da “bolha”, e trata do isolamento e da percepção equivocada que temos de nosso ambiente externo ao sermos atingidos constantemente por informações aleatórias e falácias proferidas por pessoas que detêm qualquer tipo de poder. O single rendeu à banda a indicação ao Prêmio Gabriel Thomaz de Música Brasileira, na categoria Melhor Música.
Já no single “Presente” (dezembro de 2019), o conceito gira em torno de um inseto, em sua jornada pela observação dos conflitos internos humanos. Na mesma linha de expor emoções suprimidas por tabus impostos pelas tradições e cultura corporativista. O tema da música se torna cada vez mais contemporâneo com o advento da tecnologia e consequente aumento da alienação: a rotina medicamentosa e exaustiva de quem sofre de Depressão.
A intrínseca estreia do grupo, no entanto, aconteceu em A Mosca, lançado em dezembro de 2018. Todo o conceito do álbum gira em torno de um inseto em sua jornada pela observação dos conflitos internos humanos.







